sábado, 27 de abril de 2013

Presidentes do Brasil (1974 - 1979)


Ernesto Geisel

Ernesto Geisel  foi um general e político brasileiro, presidente do Brasil de 15 de março de 1974 a 15 de março de 1979. Nasceu em Bento Gonçalves, no dia 3 de agosto de 1907, faleceu no Rio de Janeiro, em 12 de setembro de 1996. Era filho de imigrantes alemães, Wilhelm August Geisel e Lídia Beckmann.
Iniciou na carreira militar em 1921, no Colégio Militar de Porto Alegre. Em 1928, formou-se oficial na Escola Militar de Realengo. Apoiou e participou como tenente das frentes militares da Revolução de 30. Participou das tropas federais que combateram a Revolução Constitucionalista, ocorrida em 1932.
Na década de 30, trabalhou como secretário de fazenda da Paraíba. Nos anos 40, casou-se com Lucy, sua prima de primeiro grau, tiveram dois filhos, Amália e Orlando. Orlando morreria em 1957, vítima de acidente de trem.
Em 1946, assumiu o cargo de secretário-geral do Conselho de Segurança Nacional, trabalhou também, entre os anos de 1947 e 1950, na embaixada do Brasil no Uruguai, e como adjunto do Estado-Maior das Forças Armadas no início dos anos 50.
Foi subchefe do Gabinete Militar no governo Café Filho, em 1955; e chefe da seção de Informações do Estado-Maior do Exército de 1955 a 1961. Ainda nos anos 50, foi responsável pela guarnição de Quitaúna, e gestor da refinaria de Cubatão, no estado de São Paulo.
Em São Paulo fez amizades com o grupo militar da Escola Superior de Guerra. Apesar de ser descendente de alemães, na infância entendia e falava o idioma alemão, mas sem dominá-lo na escrita. Seus dois irmãos, Henrique Geisel e Orlando Geisel tornaram-se generais durante o seu governo. Orlando Geisel exerceu o cargo de ministro do exército.
Depois do Golpe de 1964, Geisel foi nomeado chefe da Casa Militar do governo de Castelo Branco. Como chefe da Casa Militar, era responsável pelas averiguações das denúncias de torturas nas unidades do exército no Nordeste brasileiro.
Se opôs, ao lado do grupo castelistas, a candidatura de Costa e Silva à presidência da República. Em 1966, foi promovido general do exército por Castelo Branco e, em 1967, ministro do Superior Tribunal Militar.
Seu nome foi lançado oficialmente a candidatura à presidência da república em 18 de junho de 1973, sendo eleito com 400 votos a favor, vencendo o anticandidato Ulisses Guimarães do MDB, que recebeu 76 votos, em 15 de janeiro de 1974.

Governo de Geisel
Iniciou o mandato presidencial em 15 de março de 1974, seu governo durou até 15 de março de 1979, tendo como vice-presidente Adalberto Pereira dos Santos. Seu governo foi dedicado a abertura política, enfrentando forte oposição dos militares radicais.
Houve durante o seu governo, a necessidade de administrar as crises da ditadura e o amadurecimento da oposição dentro e fora do governo. Mario Henrique Simonsen foi indicado para o Ministério da Fazenda, que logo anunciou o II Plano Nacional de Desenvolvimento, na tentativa de retomar o crescimento econômico e conter o avanço da inflação.
O Plano falhou, o Brasil sofreu os efeitos da crise do petróleo que gerou crise econômica nas grandes nações do mundo. A crise econômica fortaleceu a oposição política oficial no cenário político nacional.
Em outubro de 1975, ocorreu a morte no jornalista Vladimir Herzog na prisão do II Exército de São Paulo, sob indícios apresentados pelo exército como suicida. O fato fortaleceu a pressão pela anistia aos presos políticos e a abertura de uma nova Constituinte.

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