sábado, 27 de abril de 2013

Presidentes do Brasil (1961 - 1961)


Jânio Quadros

Jânio da Silva Quadros (Miranda, 25 de janeiro de 1917 — São Paulo, 16 de fevereiro de 1992) foi um político e o vigésimo segundo presidente do Brasil, entre 31 de janeiro de 1961 e 25 de agosto de 1961 — data em que renunciou. Em 1985 elegeu-se prefeito de São Paulo pelo PTB.
Quando criança morou em Curitiba, tendo feito os quatro primeiros anos do ensino fundamental no Grupo Escolar Conselheiro Zacarias, hoje Colégio Estadual Conselheiro Zacarias; mais tarde, estudou no Colégio Marista Arquidiocesano de São Paulo para, depois, formar-se em Direito pela Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo, abrindo banca na capital paulista em 1943, logo após a sua graduação.
Foi professor de Geografia no tradicional Colégio Dante Alighieri e Colégio Vera Cruz, considerado excelente docente. Tempos depois, lecionou Direito Processual Penal na Faculdade de Direito da Universidade Presbiteriana Mackenzie.
Jânio da Silva Quadros assumiu a presidência do Brasil no dia 31 de janeiro de 1961, tomando posse pela primeira vez na nova capital: Brasília.
Seu governo durou apenas 7 meses, provocando uma crise política, que posteriormente ocasionaria o Golpe Militar.
Jânio Quadros obteve o apoio da UDN durante a sua candidatura e venceu com grande número de votos contra seu adversário nas eleições presidenciais, o também candidato e ministro da Guerra, Henrique Lott. Utilizou um slogan durante a sua campanha, que empolgou a população: ”varre varre vassourinha,varre varre a bandalheira”, prometendo varrer a corrupção do país, equilibrar as finanças públicas e diminuir a inflação.
Seu governo foi muito contraditório. Teve como apoio político a elite do país, classe social ao qual Jânio Quadros tanto criticou. Na política internacional, dizia ser contra o comunismo, mas chegou a condecorar um dos líderes da Revolução Socialista Cubana, Ernesto “Che” Guevara, com a medalha Cruzeiro do Sul, em agosto de 1961.
Já na economia teve um caráter conservador, adotando á risca as medidas do FMI. Congelou salários, restringiu créditos e desvalorizou a moeda nacional. Mesmo assim, a inflação permaneceu alta, gerando o descontentamento por parte da população. Proibiu o uso de biquíni na transmissão televisada dos concursos de miss, proibiu as rinhas de galo, o lança-perfume em bailes de Carnaval e regulamentou o jogo de carteado.
Os apoios políticos a Jânio também se desfizeram, inclusive a UDN e seu maior representante, o jornalista Carlos Lacerda.
No dia 24 de agosto de 1961, Carlos Lacerda denunciou em rede nacional, um possível golpe que estaria sendo planejado pelo presidente Jânio Quadros. No dia seguinte, o Brasil se surpreendeu com o pedido de renúncia do presidente. Jânio Quadros afirmava em carta  enviada ao Congresso Nacional que “forças terríveis” o haviam levado a optar pela renúncia. O Congresso aceitou sua saída do cargo,assumindo a presidência interinamente o Presidente da Câmara, Ranieri Mazilli, até o retorno do vice presidente João Goulart, que fazia uma visita oficial á China.
Especula-se que Jânio Quadros estaria certo de que surgiriam fortes manifestações populares contra sua renúncia,o que faria com que voltasse a presidência com mais força do que antes, quando assumiu o cargo.Mas,isso não aconteceu.

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