quinta-feira, 25 de abril de 2013

Presidentes do Brasil (1930 - 1945)


Getúlio Vargas

Getúlio Dornelles Vargas  nasceu no Rio Grande do Sul, na cidade de São Borja em 1882. Tornou-se Bacharel da Faculdade de Direito de Porto Alegre em 1907 e com isso, começou sua carreira política, elegendo-se deputado estadual, deputado federal e líder da bancada gaúcha entre 1923 e 1926 pelo Partido Republicano Rio Grandense. Foi Ministro da Fazenda durante a presidência de Washington Luís (1926-1927) e governador do Rio Grande do Sul (1927-1930). Em 1929 candidatou-se a presidência da república pelo partido da Aliança Liberal, mas perdeu as eleições para Júlio Prestes. Não aceitou a derrota e planejou um golpe, chefiando o Movimento Revolucionário de 1930.
Após o golpe,Vargas assumiu o Governo Provisório  (1930-1934). Com isso deu início a estruturação do Estado e criou o Ministério do Trabalho, Indústria e Comércio e a promulgação das primeiras leis trabalhistas.
Em 1932 aconteceu a Revolução Constitucionalista em São Paulo, onde os paulistas unidos em uma frente única lutaram contra o Governo Provisório. O movimento durou cerca de cinco meses, tendo sido iniciado em 9 de julho de 1932. Após o término do movimento paulista, Getúlio Vargas deu início ao processo de constitucionalização. Em novembro de 1933 instalou-se a Assembléia
Nacional Constituinte, responsável pela promulgação da Nova Constituição. No ano seguinte (1934), Vargas foi eleito presidente da república, através da Assembléia Nacional Constituinte. Nesse período, passou a fazer parte da Ação Integralista Brasileira (AIB), partido de ideologia fascista liderado por Plínio Salgado.
Getúlio sabia que pela constituição, poderia ficar na presidência até 1938, e planejou um golpe de estado com o apoio dos integralistas. A Aliança Nacional Libertadora (ANL) era um movimento liderado por Luís Carlos Prestes, partido de ideologia comunista, conhecido também com Partido Comunista Brasileiro (PCB) e era totalmente contrário a ideologia da AIB. Com isso, planejaram um golpe contra o governo, que ficou conhecido como a Intentona Comunista (1935).
O golpe não deu certo e os comunistas passaram a serem perseguidos pelo governo. Aproveitando-se da situação, Vargas e os integralistas denunciaram a suposta existência de um plano comunista, conhecido como Plano Cohen. Essa denúncia nada mais era do que a oportunidade de Vargas para  aplicar o golpe de estado. Em novembro de 1937 (pouco tempo antes das eleições presidenciais), Getúlio Vargas instaurou o Estado Novo. Como primeira medida, fechou o Congresso Nacional e criou uma nova constituição que lhe dava total controle dos poderes Legislativo e Judiciário.
No início do mês seguinte, Vargas assinou um decreto que determinava o fechamento dos partidos políticos, inclusive a AIB. Em 11 de maio de 1938, os integralistas revoltados, invadiram o Palácio da Guanabara na tentativa de tirar Vargas do poder. Esse episódio ficou conhecido como Levante Integralista.
Após o término da Segunda Guerra Mundial, onde a ditadura, o nazismo e o fascismo em outros países foram derrotados, as pressões em prol da redemocratização no Brasil ficaram mais fortes. Vargas foi deposto em 29 de outubro de 1945, por um movimento militar liderado por generais que compunham o seu próprio ministério. Retirou-se para sua fazenda em São Borja. Apoiou a candidatura do ex-ministro de Guerra e general Eurico Gaspar Dutra para a presidência. Na mesma época (1946), Vargas foi eleito senador pela Assembléia Nacional Constituinte. Também foi eleito representante na Câmara dos Deputados.
Candidato à Presidência da República em 1950, venceu com maioria de votos através do voto direto e voltou a ser presidente do Brasil através do povo. Seu segundo período de  governo foi tumultuado devido as medidas administrativas que tomou e as acusações de corrupção que atingiram o seu governo. Enfrentou oposição cerrada por parte da UDN, em especial pelo líder do partido, o jornalista Carlos Lacerda.
Após o atentado contra Lacerda, no início de agosto de 1954, onde foi assassinado o major-aviador Rubem Florentino Vaz, ao qual ficou constatado o envolvimento da guarda pessoal de Vargas, detonou a crise final do governo.
Getúlio Vargas, sentindo a eminência da renúncia ou deposição pelas Forças Armadas, trancou-se em seu gabinete na madrugada de 24 de agosto e suicidou-se com um tiro no coração.

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