Juscelino Kubitschek
Juscelino Kubitschek de Oliveira nasceu em 12 de setembro de 1902 em Diamantina, Minas Gerais. Filho de um caixeiro-viajante e de uma professora, formou-se como médico na cidade de Belo Horizonte, em 1927. Fez curso e estágio complementares em Paris e Berlim em 1930 e casou-se com Sara Lemos em 1931.
O governo de Juscelino Kubitscheck é lembrado como de grande desenvolvimento, incentivando o progresso econômico por meio da industrialização. Realizou 50 anos de progresso em apenas 5 anos de governo, o famoso “50 em 5”. Seu mandato foi marcado por grande calmaria política.
Em 1956, lançou o Plano de Metas, que permitiu a abertura da economia brasileira ao capital estrangeiro. O plano tinha 31 metas divididas em 5 grandes grupos: Energia, Transporte, Alimentação, Industria de base, Educação e a meta principal: Brasília. O Plano de Metas visava estimular a diversificação e o crescimento da economia, baseado na integração dos povos e expansão industrial através da nova capital localizada no centro do território brasileiro.
Juscelino Kubitscheck implantou a industria automobilística com a vinda de fabricas de automóveis para o Brasil, promoveu a industria naval, a expansão da industria pesada, a construção de usinas siderúrgicas e de grandes usinas hidrelétricas, como a Furnas e a Três Marias. Abriu as rodovias transregionais que ligavam todas as regiões do país e aumentou a produção de petróleo da Petrobrás.
Em 15 de dezembro de 1959, criou a SUDENE (Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste), para integrar a região ao mercado nacional. Também rompeu com o FMI naquele mesmo ano. Comprou, em 1956, para a Marinha do Brasil, o seu primeiro porta-aviões, o NAel Minas Gerais.
Entre 1959 e 1960, houve uma crise na obra de construção de Brasília. As verbas haviam acabado e JK não queria terminar o seu governo sem construir Brasília. Tendo rompido com o FMI, precisou arrumar outra forma para conseguir verbas suficientes que pudessem custear e concluir a obra já iniciada. Com isso, emitiu títulos da dívida pública e cartas precatórias para conseguir capital de curto prazo através da bolsa de valores. Vendeu esses papéis com deságio, ou seja, com um preço inferior ao valor de mercado que poderia ser facilmente recuperado em no máximo 5 anos. Juscelino conseguiu o capital necessário para terminar a construção de Brasília, mas foi acusado de inviabilizar os próximos governos do país e aumentar as dívida pública federal. Com o lançamento de Brasília como nova capital brasileira o povoamento e o desenvolvimento do Brasil-Central e da Amazônia aumentou devido a construção da rodovia BR-010, conhecida como Belém-Brasilia.
Juscelino Kubitscheck foi acusado de corrupção no período em que foi presidente. As denúncias se multiplicaram durante a construção de Brasília: havia sérios indícios de superfaturamento das obras e favorecimento á empreiteiros ligados ao grupo político de JK.
JK manteve um regime de governo democrático e estável, o que gerou a confiança e a esperança
do povo brasileiro. Evitou qualquer confronto direto com seus adversários políticos. Ganhou força e aceitação entre os militares, devido ao apoio de Henrique Lott, o ministro da Guerra. Fechou em novembro de 1956, a Frente de Novembro e o Clube da Lanterna, que faziam oposição ao seu governo. Mesmo assim, seu maior adversário foi Carlos Lacerda, com o qual se reconciliou posteriormente. JK não permitiu o acesso de Carlos Lacerda à televisão durante todo o seu governo. Kubitscheck confessou à Lacerda, depois, que se tivesse deixado o mesmo ter acesso à televisão, este o derrubaria.
Seu governo recebeu o titulo de “Anos Dourados”,devido a rápida industrialização na década de 50, fazendo com que a economia brasileira passasse de rural para urbana.
Os anos dourados inspiraram o espírito otimista e inovador, consagrando assim o governo de Juscelino Kubitschek.
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