Moisés morava numa pensão, no centro de uma
pequena cidade, onde era admirado e querido. Ele nunca se irritava e conseguia
sempre encontrar uma saída cordial para qualquer situação e assim, não magoava
e nem aborrecia as pessoas.
Um
dia seus companheiros resolveram fazer um teste com a paciência de Moisés. O
convidaram para um jantar num restaurante da cidade. A idéia era fazer com
perdesse o controle. Então, reservaram uma mesa e combinaram todos os detalhes
com um dos garçons.
Assim
que começaram a jantar, como entrada foi servida uma saborosa sopa, que Moisés
adorava. O garçon chegou perto dele, pela esquerda, e Moisés, virou seu prato
para aquele lado para facilitar o trabalho. Mas todos foram servidos antes e,
quando chegou a vez de Moisés, o garçon foi embora para outra mesa.
Moisés
esperou calmamente o garçon voltar, e levou o seu prato na direção dele, que
novamente agiu como se não o estivesse vendo. Depois de servir aos amigos de
Moisés, o garçon passou bem perto dele com a sopeira saindo fumaça, com um
cheiro delicioso, e foi para a cozinha, como se já tivesse terminado seu
trabalho.
Naquele
momento não se ouvia qualquer ruído. Todos observavam discretamente o que
acontecia, para ver a reação de Moisés. Ele, então, educadamente chamou o
garçon, que se virou, fingindo impaciência e disse:
O
que o senhor deseja?
Moisés respondeu, calmamente:
-
Você não me serviu a sopa.
O
garçon, querendo provocar Moisés, respondeu:
-
Servi sim, senhor, o senhor tá maluco?
Moisés
olhou para o garçon, olhou para o prato vazio e limpo, e ficou pensativo por
alguns segundos. Os amigos pensaram que ele iria brigar. Suspense e silêncio
total.
Mas
Moisés surpreendeu a todos, e falou tranqüilamente para o garçon:
-
Desculpe, você serviu sim, mas eu aceito um pouco mais... Estava muito gostoso!
Os
amigos, frustrados por não conseguirem fazer Moisés discutir e se irritar com o
garçon, terminaram o jantar convencidos de que nada mais faria com que ele
perdesse a paciência.
Bom
seria se todas as pessoas agissem sempre com discernimento em vez de reagirem
com irritação e impensadamente.Ao protagonista da nossa singela história, não
importava quem estava com a razã, e sim evitar as discussões desgastantes e
improdutivas. Quem age assim, sai ganhando sempre, pois não se desgasta com emoções que podem provocar sérios
problemas de saúde ou acabar em desgraça. Muitas brigas surgem motivadas por
pouca coisa, tão sem sentido, mas que se avolumam e se inflamam com o calor da
discussão. Isso porque algumas pessoas têm tola pretensão de “não levar
desaforos para casa”, mas acabam levando-o para a prisão, para o hospital ou
para o cemitério.
Por
isso, a importância de aprender a arte de não se irritar, de deixar por menos,
ou de encontrar uma saída inteligente, como fez o homem no restaurante.
LIÇÃO
DE VIDA
A
paciência é uma virtude.
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